quinta-feira, 27 de março de 2008

Sistemas de Ensino Aberto e à Distância

Vantagens do ensino aberto e à distância
O ensino aberto e à distância proporciona várias vantagens, tanto aos alunos como a quem faculta oportunidades de aprendizagem. Os problemas tais como a distância e o tempo, obstáculos na aprendizagem convencional, são superados no ensino aberto e à distância.
Superar a dimensão de distância
O ensino aberto e à distância pode superar os problemas da dimensão de distância para:
· alunos situados em lugares remotos, que não possam ou que não pretendam frequentar fisicamente um campus; e,
· alunos e professores geograficamente separados, em que os professores num ambiente urbano dão instrução a alunos num ambiente rural.
Resolução de problemas de tempo ou de agenda
O ensino aberto e à distância pode resolver problemas de tempo ou de agenda para:
· alunos ou indivíduos que não pretendam ou não possam reunir-se frequentemente;
· alunos que trabalham a tempo inteiro ou em part-time, quer como empregados ou voluntários, e,
· que tenham compromissos de família ou comunitários.
Expandir o número limitado de locais disponíveis
O ensino aberto e à distância pode expandir o número limitado de lugares disponíveis para:
· instituições baseadas em campus, de número restrito, e,
· requisitos de admissão rigorosos.
Acomodar admissões em pequeno número e dispersas
O ensino aberto e à distância pode acomodar:
· um fraco número de participantes durante um longo período de tempo; e,
· um fraco número de participantes numa determinada região geográfica, com mais participantes adicionais noutras regiões.
Aproveitar ao máximo o número limitado de professores disponíveis
O ensino aberto e à distância permite aproveitar ao máximo o número limitado de professores disponíveis quando:
· existe uma falta de pessoal docente formado relativamente à procura;
· os professores estão geograficamente concentrados;
· os professores com determinadas qualificações são em pequeno número.
Lidar com considerações culturais, religiosas e políticas
O ensino aberto e à distância pode lidar com a diversidade, e, por conseguinte:
· amplia as oportunidades de aprendizagem para as mulheres;
· responde às necessidades das populações afectadas pela violência, pela guerra ou pela deslocação; e,
· torna a aprendizagem possível, mesmo quando as reuniões de grupos são proibidas.
Debate: Utilize esta oportunidade para discutir os problemas que os seus participantes estão a tentar resolver.
Publicado por: The Commonwealth of Learning e Asian Development Bank

terça-feira, 25 de março de 2008

Contexto de Tempo e Lugar

Os programas de ensino aberto e à distância situam-se algures entre dois contextos: o contexto de tempo, e o contexto de lugar. O contexto de lugar tem,por um lado, todos os alunos e o respectivo tutor ou instrutor reunidos no mesmo local, e, por outro lado, todos os alunos e o respectivo tutor ou instrutor situados em locais diferentes. O contexto de tempo tem, por um lado, todos os alunos e o respectivo tutor ou instrutor a interagirem em “tempo real”, isto é, ao mesmo tempo, e, por outro lado, todos os alunos e o respectivo tutor ou instrutor a interagirem em momentos diferentes.
Seguidamente iremos demonstrar como esses dois contextos se intersectam. A maior parte dos fornecedores de ensino aberto e à distância utilizam uma combinação entre os quatro cenários.

Cenários de Ensino Aberto e à Distância

Mesmo lugar e mesma hora: Ensino em sala de aula, tutoriais e seminários presenciais, workshops e escolas residenciais.
Mesmo lugar, mas horas diferentes: Centros de recursos de aprendizagem, que os alunos visitam quando querem.
Lugares diferentes, mas mesma hora: áudio e videoconferências; televisão com vídeo num só sentido e áudio em dois sentidos; rádio com capacidade de escuta-resposta; e tutoriais telefónicos.
Lugares diferentes e horas diferentes: Estudo em casa, conferência por computador, apoio tutorial por e-mail e por comunicações fax.
Publicado por: The Commonwealth of Learning e Asian Development Bank

terça-feira, 18 de março de 2008

Distinguir os Tipos de Ensino Aberto e à Distância (Parte 3 de 3)

Ensino aberto
A filosofia educacional do ensino aberto, destaca a necessidade de dar aos alunos escolhas acerca:
· do meio ou do media, quer seja impresso, on- line, por televisão ou vídeo;
· do local de estudo, quer em casa, no trabalho ou no campus;
· do ritmo de estudo, quer rápido ou não estruturado;
· dos mecanismos de apoio, quer através de tutores a pedido, de audioconferências, ou de aprendizagem assistida por computador; e,
· dos pontos de entrada e saída.
Acesso aberto
A expressão acesso aberto implica uma ausência de:
· requisitos formais de admissão;
· credenciais anteriores; e,
· um exame de admissão.
Aprendizagem flexível
A expressão aprendizagem flexível destaca a criação de ambientes de aprendizagem com as seguintes características:
· convergência de métodos de aprendizagem abertos e à distância, dos media e das estratégias de ensino presencial;
· filosofia centrada no aluno;
· reconhecimento da diversidade dos estilos de aprendizagem e das necessidades dos alunos;
· reconhecimento da importância da equidade no currículo e na pedagogia;
· utilização de uma variedade de recursos de aprendizagem e de media; e,
· criação de hábitos e capacidades de aprendizagem para toda a vida, tanto para alunos como para o pessoal docente.
Aprendizagem distribuída
A expressão aprendizagem distribuída:
· coloca em destaque a aprendizagem em si, em vez do tipo de tecnologia utilizado ou a separação entre o professor e o aluno;
· possibilita a aprendizagem fora das salas de aulas; e,
· quando combinada com modalidades de ensino presencial em salas de aula, torna-se em aprendizagem flexível.
Debate: Pode, juntamente com os participantes, dar uma série de exemplos acerca de tipos de sistemas de ensino diferentes a partir das vossas experiências em ensino aberto e à distância.
Publicado por: The Commonwealth of Learning e Asian Development Bank

sexta-feira, 14 de março de 2008

Distinguir os Tipos de Ensino Aberto e à Distância (Parte 2 de 3)

Educação de adultos
A expressão educação de adultos:
· destaca os princípios da aprendizagem de adultos, frequentemente conhecida por andragogia, em comparação com a pedagogia, ou aprendizagem centrada na criança.
Educação baseada em tecnologia ou mediada
A expressão educação baseada em tecnologia:
· refere-se a sistemas de ensino e aprendizagem em que a tecnologia, diversa da tecnologia de impressão, desempenha um papel preponderante; e,
· tem duas formas principais: autónoma (por exemplo, aprendizagem assistida por computador e aprendizagem gerida por computador), e em conferência (por exemplo, vídeo, áudio, ou computador).
Exemplos: A University of the West Indies utiliza a audioconferência para interligar vários campus e centros de aprendizagem. Dois dos diplomas de pós- graduação disponíveis em regime de ensino aberto e à distância – oferecidos pela Athabasca University e pela Open University do Reino Unido – utilizam a conferência por computador como meio principal de ensino.
Educação centrada no aluno
Na educação centrada no aluno, a integridade e a liberdade do indivíduo é primordial. Assim, o processo de ensino e aprendizagem proporciona:
· sequências de estudo flexíveis;
· objectivos e conteúdos negociados;
· métodos de aprendizagem negociados;
· métodos de avaliação negociados; e,
· uma escolha dos mecanismos de apoio.
Publicado por: The Commonwealth of Learning e Asian Development Bank

quarta-feira, 12 de março de 2008

Distinguir os Tipos de Ensino Aberto e à Distância (Parte 1 de 3)

A expressão ensino aberto e à distância e a respectiva definição são relativamente novas na área da educação, tendo-se destacado apenas nos últimos 15 a 20 anos. A linguagem e os termos utilizados para descrever as actividades de ensino à distância podem ainda ser confusas, e as respectivas diferenças geográficas de utilização – por exemplo, entre a América do Norte e a Europa, - podem acrescentar ainda mais à confusão. Entre os termos mais habitualmente utilizados relativamente ao ensino aberto e à distância, encontram-se os seguintes: ensino por correspondência, aprendizagem em casa, estudo independente, estudos externos, educação contínua, ensino à distância, auto-instrução, educação de adultos, educação baseada em tecnologia ou mediada, educação centrada no aluno, ensino aberto, acesso aberto, aprendizagem flexível e aprendizagem distribuída.
Ensino por correspondência, estudo em casa e estudo independente
Estes métodos de aprendizagem à distância têm as seguintes características:
· existem há mais de um século;
· baseiam-se em materiais autónomos para auto-estudo. Os alunos não devem sair de casa para estudar; e,
· são frequentemente baseados em material impresso, com comunicações por via postal ou pelo telefone. Contudo, podem utilizar uma série de meios de contacto entre o tutor e o aluno, incluindo o sistema postal, o telefone, o correio electrónico, emissões de televisão e rádio, e cassetes vídeo e áudio.
Exemplo: Ao longo dos últimos 15 anos, muitos programas universitários da América do Norte têm alterado os nomes dos respectivos programas por correspondência com títulos mais actuais, tais como ensino aberto e à distância ou estudo independente.
Estudos externos
A expressão estudos externos:
· aplica-se ao ensino leccionado fora de um campus central, tal como uma sala de aula remota do campus, e,
· inclui uma série de opções de leccionação, tal como conferências áudio, vídeo ou por computador ou o estudo em casa.
Exemplo: O Centre for External Studies da Universidade da Namíbia é responsável pela programação do ensinoa berto e à distância.
Educação contínua
A expressão educação contínua:
· aplica-se, geralmente, a uma educação que não obtém créditos;
· refere-se a cursos que podem ser leccionados no campus ou à distância; e,
· tem significados variados.
Ensino à distância
A expressão ensino à distância:
· refere-se apenas a metade da equação do ensino aberto e à distância: o ensino aberto e à distância abrange não só o ensino, mas também a aprendizagem; e,
· destaca o papel do professor, e não o do sistema.
Auto-instrução
A expressão auto-instrução refere-se a um processo em que:
· os materiais conduzem os alunos, passo a passo, através de um processo de aprendizagem;
· os exercícios de auto-avaliação constituem uma das características centrais;
· a instrução pode ser baseada em papel ou em computador.
Exemplo: A Faculdade de Medicina da Universidade de Chulalongkorn, na Tailândia, disponibiliza uma série de pacotes de auto-instrução, através de uma instrução assistida por computador, acerca de tópicos como o sistema circulatório. Muitas escolas de línguas oferecem pacotes de auto-instrução que consistem em materiais impressos e cassetes ou ficheiros áudio.

Publicado por: The Commonwealth of Learning e Asian Development Bank

segunda-feira, 10 de março de 2008

Introdução ao Ensino Aberto e à Distância: O Conceito de Ensino Aberto e à Distância

Definições
Não existe uma definição única para o ensino aberto e à distância. Na realidade, existem muitas maneiras de definir a expressão. Contudo, a maior parte das definições têm em conta as seguintes características:

· separação entre o professor e o aluno, em termos de tempo ou lugar, ou de tempo e lugar.

· acreditação institucional; isto é, o ensino é acreditado ou certificado por uma instituição ou agência. Este tipo de aprendizagem distingue-se da aprendizagem através do esforço do próprio aluno, sem o reconhecimento oficial de uma instituição de ensino.

· utilização de vários media para apoiar a aprendizagem, incluindo texto impresso, emissões de rádio e televisão, cassetes vídeo e áudio, aprendizagem baseada em computador e telecomunicações. Os media devem ser testados e validados antes de serem utilizados.

· a comunicação em dois sentidos, que permite aos alunos e tutores interagirem, sendo diferente da recepção passiva de sinais transmitidos. A comunicação pode ser síncrona ou assíncrona;

· possibilidade de encontros presenciais para tutorias, para a interacção aluno-aluno, para estudo em biblioteca, em laboratório ou para as sessões práticas; e,

· utilização de processos industriais; isto é, nas operações de aprendizagem aberta e à distância em larga escala, o trabalho é dividido e as tarefas são atribuídas a vários membros do pessoal, que trabalham em conjunto, integrados em equipas de desenvolvimento de materiais.

Publicado por: The Commonwealth of Learning e Asian Development Bank

sexta-feira, 7 de março de 2008

Introdução ao Ensino Aberto e à Distância: Perspectiva Geral

1. Perspectiva Geral
Estes materiais destinam-se a apoiar um debate introdutório acerca do tópico do ensino aberto e à distância. O debate está dividido em duas partes.

A primeira parte trata do conceito de ensino aberto e à distância, através da definição dos termos e da distinção entre vários tipos de ensino aberto e à distância, seguida pelo estabelecimento de cada tipo ao longo de um contexto de tempo e lugar. As diversas secções da primeira parte podem ser utilizadas da seguinte forma:

· A secção de definições centra-se nas seis características comuns à maior parte das definições de ensino aberto e à distância. Pode ser que pretenda reformular essas definições, ou acrescentar-lhes algo. Por exemplo, o debate acerca da acreditação poderá mostrar como o ensino aberto e à distância envolve tanto o ensino como a aprendizagem, e que, por isso, é totalmente diferente da aprendizagem autónoma. Um debate sobre a comunicação em dois sentidos pode suscitar questões acerca de teorias de aprendizagem, que são fulcrais nos métodos à distância. Um debate sobre os processos industrializados pode constituir o ponto de partida para discutir as maneiras pelas quais a função de ensino, no ensino aberto e à distância, é reconfigurada como desenvolvimento de cursos e fornecimento de cursos, o que distingue o ensino aberto e à distância dos outros métodos de ensino e aprendizagem mais convencionais.

· A secção de distinções fornece materiais destinados a ajudá- lo a estabelecer um vocabulário de trabalho para o seu workshop. São fornecidos alguns exemplos, mas poderá utilizar exemplos retirados da sua experiência pessoal e das experiências dos participantes.

· A secção acerca do contexto de tempo e lugar constitui uma oportunidade para discutir os sistemas de leccionação possíveis no ensino aberto e à distância. Também aqui, poderá retirar exemplos da sua experiência pessoal e dos seus participantes.

A segunda parte é dedicada aos tipos de sistemas de ensino aberto e à distância, e pode ser utilizada da seguinte forma:

· A primeira secção apresenta uma lista das vantagens proporcionadas pelo ensino aberto e à distância. Esta secção destina-se a suscitar um debate acerca dos problemas que os participantes esperam que o ensino aberto e à distância os ajude a resolver.

· Em seguida, são estudadas as aplicações do ensino aberto e à distância, através de um método sistemático que reconhece que todas as partes de um sistema se encontram interligadas.

· Depois, a lista de funções fornece uma maneira de descrever e designar as tarefas envolvidas na operação de um programa de ensino aberto e à distância. Poderá preferir utilizar outra lista. Mas, o que está em causa é sublinhar de que modo a distância influencia o desempenho dessas funções.

· Por fim, são descritos os modelos ou tipos de instituições e programas de ensino aberto e à distância. Também aqui, sem dúvida, terá muitos exemplos a oferecer, e poderá utilizar esta oportunidade para fazer com que os participantes comecem a pensar sobre o modelo de ensino aberto e à distância em que estão a operar ou pretendem operar.
Publicado por: The Commonwealth of Learning e Asian Development Bank

quinta-feira, 6 de março de 2008

Carreiras em e-Learning: O Objectivo Final

Objectivo Final
Conseguir um emprego em e-Learning numa economia problemática não é fácil, mas também não é impossível. Uma carreira em e-Learning oferece muitas vantagens. Ela oferece uma mistura de criatividade, técnica, e habilidades de aprendizagem. Seu foco é reconhecido e até divugado por executivos e líderes de negócios. Talvez o seu crescimento não seja tão grandioso quanto o previsto há dois anos atrás, mas ele crescerá e se tornará parte de negócios futuros e modelos de aprendizagem.

Para se beneficiar destas vantagens, algumas mudanças devem acontecer. Primeiro, você precisa tomar as rédeas da sua carreira e definir o seu próprio caminho. Segundo, você precisa refrescar velhas habilidades e adquirir novas. Desenvolva as suas habilidades e competências vitais, agora e no futuro. Terceiro, você precisa pensar em termos de uma carreira ao invés de um ou dois trabalhos. Encarando uma carreira ao invés de uma perspectiva de trabalho, você percebe que as habilidades e as competências não podem permanecer dormentes e ficar ultrapassadas. A ironia, claro, é que tomar uma atitude pro-activa quanto a dirigir uma carreira torna a pessoa muito melhor qualificada para qualquer trabalho em particular. A chave é continuar a desenvolver e a melhorar as suas habilidades em e-Learning e estudar o mercado. Quando chegar o tempo certo, você estará pronto para tomar o próximo passo .

Se nós pensarmos no e-Learning como uma carreira e uma profissão, então ele o será - e será uma profissão muito boa.

terça-feira, 4 de março de 2008

Carreiras em e-Learning: Para Melhorar - Competências

Por sua natureza, as competências são menos tangíveis que as habilidades. Mas, assim como as habilidades, elas podem ser desenvolvidas, refinadas e ajustadas. Enquanto as habilidades são frequentemente de importância primária para se conseguir um novo trabalho, as competências são a chave para se avançar dentro da organização. Existe uma relação entre habilidades de e- Learning e competências onde o todo é maior que a soma de suas partes.

Competências que um profissional de e-Learning deve desenvolver:

Comunicação Efectiva. Iniciativas de e-Learning geralmente envolvem pessoas que trabalham em diferentes partes da organização, com uma variedade de tarefas, sob deadlines. Neste ambiente, a habilidade de se comunicar abertamente, frequentemente, e eficazmente é vital.

Espírito de equipa. Por causa da variedade de habilidades exigidas em iniciativas de e-Learning, os indivíduos trabalham como parte de uma equipa multidisciplinar ao invés de trabalharem como contribuintes individuais. A equipa deve funcionar eficazmente para os projectos serem entregues no tempo certo, dentro do orçamento e dos objectivos.

Multitarefa. Os dias de trabalhos únicos, bem definidos e unidimensionais estão terminados. As companhias procuram indivíduos que possam realizar multitarefas e multiprocessos. Isto às vezes é difícil para as pessoas muito rígidas ou muito estruturadas na sua abordagem para tarefas.

Síntese de conteúdo. Um ingrediente essencial para um designer instrucional bem sucedido é a habilidade de sintetizar e seleccionar o que é importante dentro de uma grande quantidade de informações. Quando os desenvolvedores focam as idéias centrais, os alunos não são bombardeados com informações triviais e podem concentrar-se no que é verdadeiramente importante.

Criatividade. Criatividade é sempre uma habilidade importante, adiciona outra dimensão às soluções de e-Learning. O e-Learning emprega várias tecnologias de multimédia e interacções centrais para a maioria de soluções, por isso, existem muitas oportunidades para seduzir e atrair os alunos de maneiras novas e diferentes. O e-Learning deve caminhar de um simples propagador de cursos existentes para abordagens mais criativas e inovadoras.

Perspectiva de negócios. Quanto mais profissionais de e-Learning puderem pensar como homens de negócios, melhor. Isto não significa sacrificar as raízes educacionais ou habilidades
artísticas, mas quer dizer que devemos falar a mesma língua dos executivos que patrocinam e
financiam as nossas iniciativas de e-Learning.

Compromisso com a aprendizagem. Ferramentas, tecnologias, e métodos mudam a toda a hora. Os indivíduos devem preocupar-se em ficar sempre no nível superior da sua profissão, devem manter-se actualizados, acompanhando as novidades à medida que elas acontecem. Eles devem tornar-se profissionalmente ‘frescos’, sempre renovando e recarregando a sua energia e conhecimento.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Carreiras em e-Learning: Para Melhorar - Habilidades

Para Melhorar
O que significa ser bom em e-Learning? Quais são as habilidades e as competências-chave necessárias para ser bem sucedido no uso da tecnologia para desenvolver pessoas? A partir dos Modelos para a Aprendizagem de Tecnologias, um modelo de trabalho básico em e-Learning é composto de oito habilidades e sete competências. Embora esta lista não se aplique a todo trabalho de e-Learning ou situação, estabelece uma ampla visão da profissão. Ela identifica um conjunto primário de habilidades de e-Learning e competências pessoais que podem levar ao sucesso.

As habilidades neste trabalho modelo incluem:

Liderança. A habilidade de liderar e administrar equipas, projectos, departamentos, e organizações. Isto pode incluir formulação de estratégia, vínculos para objectivos de negócios, gestão detalhada de projectos, procura de talentos, e responsabilidade pelos lucros e prejuízos.

Consultoria. A habilidade de identificar e entender os públicos, os gerentes de negócios, as ameaças, e os factores críticos de sucesso para iniciativas em e-Learning. Estas habilidades estabelecem os parâmetros de negócio dentro da qual a iniciativa será julgada.

Design Instrucional. A habilidade de projectar iniciativas de e-Learning que sejam relevantes para públicos diferentes, que façam o melhor uso de tecnologias educacionais, e alcancem os resultados esperados. Estas iniciativas podem ser e-cursos de ILT, apresentações sustentadas por ferramentas, sistemas de gestão de conhecimento, mentoring, sistemas blended, ou cursos assíncronos (WBT).

Desenvolvimento. A habilidade de escrever, organizar e desenvolver o storyboard do conteúdo de uma iniciativa de e-Learning, interacções, feedback, e outros recursos. Esta é uma das habilidades mais demoradas, difíceis e negligenciadas.

Produção de multimédia. A habilidade de trazer imagens, gráficos, sons, vídeo, e animação para programas de e-Learning. É preciso muita coordenação entre as tecnologias, pois existem
diferentes plataformas, ferramentas, e assuntos relacionados a multimédia.

Ferramentas de software e tecnologia. A habilidade de organizar todas as partes da solução de e-Learning, de forma que possa ser eletronicamente entregue. Isto pode incluir o uso de sistemas de autoria, linguagens de programação, repositórios de conteúdo, sistemas de gestão de aprendizagem, aplicações de sala de aula virtual, e ferramentas de colaboração.

Entrega. A habilidade de oferecer instrução, ou elementos de formação para iniciativas de e-Learning. Isto pode ser realizado por sessões síncronas, sessões de formação misturadas (blended), apresentações pré-programadas, respostas de e-mail para perguntas/actividades, ou fóruns.

Implementação. A habilidade de assegurar que as iniciativas de e-Learning serão usadas e alcançarão os resultados esperados.

sábado, 1 de março de 2008

Carreiras em e-Learning: Para Começar

O e-Learning não é algo simples. Um projecto bem sucedido é uma fusão de design instrucional, de tecnologia, e habilidades artísticas criativas, entrelaçadas com a gestão do projecto e habilidades de implementação.
O e-Learning é uma nova profissão, e as pessoas que vêm trabalhar com ele possuem diferentes formações e backgrounds.

Realmente, não existe um caminho directo e único para se tornar um profissional de e-Learning. Isto pode ser desconcertante para pessoas que querem seguir esta profissão, mas também pode ser enriquecedor, uma vez que se inicie nesta carreira. As diferentes perspectivas, experiências e habilidades podem adicionar riqueza para as equipas de projecto, colegas, e reuniões.

Embora a formação individual dos profissionais seja variada, existem habilidades importantes que caracterizam a maioria de iniciativas de e-Learning, como a teoria de aprendizagem e o design instrucional, as ferramentas de software e tecnologia, os projectos gráficos e criativos e o consultor de negócios.

Além disso, uma pessoa geralmente terá uma das seguintes habilidades para iniciar a sua carreira.

As fontes prováveis para estas habilidades estão ligadas a um conjunto de habilidades ou experiências recomendadas que complementarão as habilidades existentes e fornecerão uma base sólida para uma carreira em e-Learning.

O Storyboard: O Guião para um curso eLearning

Durante o desenvolvimento de um projecto eLearning existe um instrumento fundamental para ser usado por toda a equipa: O STORYBOARD. Sabe o que é?

Toda a informação relativa àquilo que se pretende que seja o conteúdo final, i.e., a forma como o conteúdo será apresentado aos formandos, deve ser identificada e organizada num guião ou storyboard.

Esta ferramenta vai orientar posteriormente a produção multimédia dos conteúdos e a sua colocação na plataforma de eLearning. No guião é apresentada a metáfora do curso, a forma de navegação, a organização dos conteúdos e formas de interacção.

A Importância da Metáfora
Usar uma metáfora para construir um ambiente de aprendizagem pode facilitar o relacionamento do formando com a interface e com os conteúdos. Se possível, a escolha da metáfora deve ser feita em função do tema do curso e dos conhecimentos ou referências que o formando tenha no mundo real.

A escolha da metáfora pode ajudar no design do ambiente de estudo e na identificação das opções de navegação.

Construir os guiões e storyboard
O guião ou storyboard consiste num documento que representa a forma como os conteúdos aparecerão no ecrã, desde o texto até às diversas formas de interacção e de navegação, correspondendo cada página do documento a um ecrã. Cada página deve, assim, conter a seguinte informação:

• Número de ecrã
• Texto a apresentar
• Media (ilustrações, animações, vídeo, etc.)
• Áudio
• Hiperligações
• Estilo de interactividade (arrastar figuras ou texto, clicar sobre uma parte do ecrã, voltar a página, etc.)

Um segundo guião deve ser elaborado para garantir a coerência e consistência entre os ecrãs. Este guião deve descrever e clarificar a metáfora de navegação, os botões de avançar e rever, o botão de fechar a sessão, os indicadores de progresso no conteúdo e as indicações “relativas aos mecanismos gerais de navegação utilizados”.

Para a construção do storyboard pode recorrer-se a uma folha de papel, a software como o Microsoft Word ou PowerPoint ou mesmos a sistemas de suporte à produção de guiões.

O guião ou storyboard é um instrumento muito importante para a eficácia de um curso uma vez que clarifica o que se pretende fazer de uma forma acessível a toda a equipa de desenvolvimento.